A jornada na busca de estilo com as minhas 9 mais poderosas lições sobre a vida

by - 8.7.18



Toda a jornada que venho traçando para ser a pessoa que eu quero ser (leia-se para ser verdadeiramente e 100% do tempo eu mesma) tem sido me trazido muita coisa para pensar, muitos aprendizados, novas percepções e mudanças. Pois bem, se tem uma coisa que me deixa mais confiante é estar me sentindo bem com o que estou vestindo. A verdade é que eu sempre comprei peças aleatórias e nunca pensava antes de comprar. O processo lógico que eu usava para compras sempre foi: 1. Olha que blusinha bonita; 2. Qual o preço? 3. Cabe em mim? Fim. O que venho descobrindo é que existe um universo mais amplo que isso.

Desde que eu venho tentando me melhorar, eu tento não só aceitar que eu sou um monte de coisas, mas muitas delas eu preciso sentir que eu sou, eu preciso ingerir, digerir e absorver aquela ideia de mim mesma. São realidades que muitas vezes a gente sabe, mas por causa das inseguranças, talvez, a gente meio que se esquece delas. E o que eu venho tentando fazer é por em prática. Meu processo de raciocínio para absolver qualquer conhecimento é o velho combo teoria-prática. Assim, não basta saber que sou bonita, eu tenho que me sentir bonita. E eu tenho 3 jeitos de me sentir bonita: cabelo - maquiagem - roupas (leia-se roupa como tudo que fica próximo ao corpo, seja uma blusa, um brinco, uma bolsa ou uma passadeira).

Faz algum tempo que tenho me questionando se as mudanças que eu queria na minha vida eram por que eu precisava que algo mudasse para ser eu mesma ou se queria que algo mudasse para ver se eu virava eu mesma. Não sei se dá para entender a leve diferença, mas o que eu sempre dizia para minha psicóloga era que eu não sabia se eu queria mudar aquilo por que eu precisava daquilo ou por que eu talvez achasse que mudando aquilo algo magicamente mudaria na minha vida. O que ela sempre me disse é que a mudança deve vir de dentro para fora. No final das contas eu tenho que sentir que preciso daquilo pelos motivos certos. Eu não preciso de uma mudança na minha vida para mudar quem eu sou, eu preciso saber quem eu sou para mudar minha vida. E eu me senti assim quando decidir pensar mais a respeito do meu visual.

A coisa toda começou com o fato de que eu sempre senti que tinha muita roupa. Isso me incomodava por que eu não acho que preciso de tanta roupa assim.  Quando comecei a enxergar o quanto eu me cobrava na vida, eu percebi que eu entulhava minha vida de coisas por causa dessas cobranças. E depois disso estou tentando me livrar aos poucos das coisas que não são verdadeiramente a Samy, ou que já não fazem mais sentido. Acho que tudo meio que começou com meus papéis e livros, mas aos poucos foi se estendendo.

Mas eu não comecei assim como a rainha do desapego, me livrando de tudo não. Primeiro eu precisei separar o que eu achava que fazia sentido para mim do que não fazia mais. Aí eu deixava um tempo maturando para ter certeza que não foi apenas um arroubo de destralhe e depois, aos pouco mesmo, eu ia mandando coisa por coisa, peça por peça embora.

Em relação a roupa, primeiro eu pensei em tentar um guarda-roupas cápsula, que vi com a galera do minimalismo. Eu sempre achei que tinha muita roupa e determinei um número X de peças eu teria no meu guarda-roupas e fui garimpando looks. Eu separava looks já prontos para usar durante a semana e tentar não precisar gastar tanto tempo escolhendo roupa. Gosto da ideia de ter looks pré montados, mas a verdade é que não é por que o look está montado, que eu acordo aquele dia com vontade de usar aquelas peças. Às vezes está chovendo e eu tinha separado um look mais fresco. Às vezes eu tinha separado um look chic com salto e acabou que tive que ir para o trabalho de ônibus. E tá tudo bem. Eu comecei essa história de cápsula bem liberal, sem restrição de só pode 20 peças ou de não posso pegar uma peça durante a semana que não estava nas que separei guarda roupas. Eu tentava manter o propósito da coisa, mas não foi nada engessado. Entretanto, eu meio que me sentia um pouco tolhida com os looks já prontos. O que eu faço agora é tentar pensar na noite anterior, antes de dormir, ao invés já deixar tudo pronto a semana toda. Mesmo assim ainda acontece aquele dia que eu acordo e não quero usar o que separei na noite anterior e tá tudo bem.

Uma coisa que eu percebi que me ajudou a desapegar das roupas foi ter um guarda-roupas 4 portas (rs).  Quando optei pelo guarda-roupas capsula, eu separei as roupas ia usar em duas portas e as que não faziam parte da cápsula nas outras 2. A verdade foi que tinha muita coisa que estava nas 2 portas que eu não usava, que esquecia que tinha e no final das contas nem fazia tanta diferença na vida. Isso ajudou a saber o que roupa de fato eu gostava. 

Meu namorado sempre questiona uma mania que eu tenho de: se custou dinheiro eu mantenho aquilo na minha vida, mesmo sem lógica alguma. Acontece muito com comida. Se eu compro um sanduíche e descubro que não gostei, na minha cabeça eu tenho que comer até o final por que custou dinheiro. Qual a lógica? E já apliquei essa lógica com roupa também. Na verdade, eu acho que é bem mais profundo. Talvez me desfazer de algo, seja comida ou roupa, seja visto na minha mente como uma decisão mal tomada. E aí entra a Samy que se cobra dizendo coisas negativas como: Você não é capaz de fazer suas escolhas sozinha, por que sempre escolhe errado. Talvez esse seja um dos meus maiores medos na vida, não conseguir fazer minhas próprias escolhas sozinha, ou melhor não ser capaz de fazer boas escolhas sozinhas. E esse medo vem justamente por que eu me cobro demais no sentido de que todas as minhas escolhas tem que ser certas. A Samy que vos fala DETESTA errar e por isso se cobra demais, a ponto de não ser ela mesma para evitar cometer erros, a ponto de silenciar a sua própria voz. Eu venho fazendo isso a tanto tempo, que as vezes acho que esqueço quem eu sou. Viro aquele robozinho que alguém programou para fazer um certo tipo de coisa categorizada pelo programador como a coisa certa. E esse programador nunca sou eu, não conscientemente ao menos.

A parte legal de descobrir isso tudo é que tomar consciência te permite fazer algo a respeito (esse processo de consciência é meio mágico!). Assim, consciente desse meu hábito, eu comecei todo processo de auto identificação visual me livrando do que não fazia sentido. Tipo, aquela blusa que é bonita, casa em vários looks, mas que eu tenho que passar o dia ajeitando-a no corpo. Aquela calça que parece ser muito prática e versátil, mas que não faz eu me sentir segura por que tem um cós muito baixo.

A lógica que eu tenho usado para separar o que faz sentido, ou não, é uma mistura de raciocínio analítico e emocional. Eu analiso aquela coisa no meu dia-a-dia, penso logicamente por que faz sentido ou não manter aquilo (incluo aqui muitas vezes a minha tão amada lista de prós e contras) e depois uso a técnica da Marie Kondo, que tenho que confessar que me parece meio brega, mas que funciona pra mim e é isso que vale no final das contas. A técnica nada mais é que se perguntar se aquilo te traz alegria. Se aquilo não te traz alegria, praticidade ou é importante por algum motivo, qual a lógica de manter aquilo na sua vida?  Eu ter que ficar me preocupando com o meu cofrinho não é algo que me deixa feliz e não é nada prático. Adiós calça. Assim, pouco a pouco vou selecionando apenas coisas que valem a pena.

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