Textão 4k

by - 22.3.18



Hoje eu contei para a minha psicóloga sobre o fato de que voltei a gravar vídeos por causa dela. Resolvi pegar as coisas que ela me disse, que fizeram sentido pra mim e que talvez ajude outras pessoas, e compartilhar na internet. Por que é isso que eu gosto de fazer, compartilhar experiências. Meu canal e até mesmo esse blog nada mais é do que isso: uma grande maçaroca de experiências. 

Apesar de contar coisas tão pessoais me deixar meio insegura (eu detesto demonstrar fraqueza), depois de três meses sem conseguir pensar em nada que me fizesse ter motivação para gravar, eu achei que falar sobre aquelas coisas fazia sentido pra mim.

 Eu sempre via vídeos de pessoas felizes fazendo coisas divertidas e pensava que podia fazer isso também, mas eu nunca conseguia. Nunca parecia feliz ou divertido o suficiente. Eu me frustrava sempre que alguma coisa dava errado ou quando o vídeo não saia exatamente como estava na minha mente. Achava que nunca estava bom o suficiente e que talvez isso não fosse pra mim. Mas na real, faltava uma coisa: que o vídeo saísse exatamente como estava no meu coração.

Pode soar brega e piegas e essa sou eu também (prazer!). Na real, eu queria seguir (eu ia escrever ditadura, mas não tem ninguém com uma faca no meu pescoço me obrigando a nada, então acho que fluxo casa melhor) o fluxo do feliz e belo. 80% dos conteúdos que eu vejo na internet são de pessoas felizes e coisas bonitas. Isso é ótimo, mas eu meio que não estava encontrando coisas com que eu me identificasse. Eu não estava feliz e a vida não estava parecendo assim tão bela e está tudo bem. Nem sempre vai ser tudo lindo e está tudo bem. Nem sempre você está super feliz e está tudo bem. A vida é assim e não tem nada de errado nisso. Mas aquele fluxo fazia com que eu quisesse me encaixar nele sem perceber que ali são vidas editadas.

 No fundo eu sentia falta de mais pessoas mostrando isso, um lado mais real e humano da vida. Eu sempre assisti aos vídeos do @tavião (coisas que nunca vivi ou evitava viver/conversas que nunca tive ou evitava ter), mas hoje assistindo mais um vídeo aleatório do canal dele eu percebi que era isso que eu sentia falta. De pessoas mostrando seu lado mais humano. Mostrando a vida de forma mais real, mostrando o lado bom e o lado ruim também. E o melhor, mostrando que tá tudo bem.

Lendo esse meu post de 2011, eu pude perceber que desde 2008 quando comecei no youtube eu tive fases, queria primeiro compartilhar conhecimentos, em especial do mundo tech, depois fazer as pessoas felizes com vídeos divertidos e depois ajudar as pessoas a ter uma vida melhor com autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Não vou mentir que hoje em 2018, dez anos depois, eu ainda quero um pouco disso tudo. Ainda existe um pouco de todas essas Samys dentro de mim. Mas é bonito perceber o quanto eu aprendi e compreendi que que eu não preciso ser nada além de mim mesma, mesmo que não seja bela, nem feliz. Todas as Samys vivem harmonicamente dentro de mim. Tá tudo bem. Isso me faz querer gravar. Isso me faz querer compartilhar.

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1 comentários

  1. Quando você parar de fazer video talvez fique infeliz samy, porque os videos e o blog faz você sentir você mesma , sentir plena e feliz neste mundo no fluxo que você acha natural, nao é mesmo ?

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