2016
Querido ano de 2016,
Sei que você já está indo embora, por isso vim me despedir. Você foi aquele cara direto, que não se preocupou em usar palavras bonitinhas ou ser gentil. Passar por você foi como arrancar um band-aid de vez. Não pense que não gostei de você, você me lembrou meu pai, que, mesmo às vezes sem muito tato, faz tudo que faz para que no final eu fique bem. Vinte dezesseis, posso te chamar assim? Você me fez passar por coisas difíceis, porém necessárias para que eu pudesse chegar onde eu estou hoje.
Acho que cada ano deixa as suas marcas. 2015 foi um ano de crescimento pessoal, onde eu aprendi muito sobre mim mesma e você de crescimento profissional e social, onde eu aprendi muito sobre o mundo lá fora. Nossa, em pensar que eu era aquela menina que sabia que tinha potencial, mas era insegura e medrosa em até mesmo falar ao telefone. Ainda odeio telefone, como ainda odeio muitas coisas nessa vida (será que odeio é uma palavra muito forte? Melhor não levar ódios no coração né?), mas aprendi que coisas precisam ser feitas e que a gente aprende a lidar com elas e ter um jogo de cintura que nem imaginávamos.
Você foi um ano de novas experiências. Viagens, passeios, comidas, pessoas, encontros e desencontros Nossa, eu explorei tanta coisa nova. Obrigada por isso. Nunca me senti tão adulta, tão livre e até mesmo tão velha (obrigada pelas rugas). Nunca usei tanto salto na vida.
É engraçado que eu me lembro que ficava quando pequena tentando imaginar como seria a Samy de vinte e tanto anos. Eu continuo a mesma menina, mas a cada dia chego um tantinho mais perto de tudo que imaginei. Talvez não como imaginei, mas de uma maneira bem mais Samy de ser. Ainda sou aquela garota que quer o seu romance de conto de fadas. Ainda sou aquela garota que não está nem aí para regras e rótulos da sociedade. Ainda sou aquela garota certinha e que gosta de gerenciar coisas. Ainda sou aquela garota que adora histórias, principalmente se tiverem áudio e vídeo. Ainda sou aquela garota extremamente alegre e cheia de ideias na cabeça. Ainda quero explorar tudo de novo que aparece, mesmo que agora queira evitar a fadiga. Ainda sou um esponja que absorve tudo ao seu redor, mas aprendi a me rodear de coisas mais felizes. A cada dia aprendo mais e mais e não vejo a hora de continuar aprendendo em 2017.
2016, obrigada pelos peixes. Saiba que você fez um bom trabalho.
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